quinta-feira, 19 de novembro de 2009





La verdad es que amamos la vida, no porque estemos acostumbrados a ella, sino porque estamos acostumbrados al amor.

Frederich Nietzsche



domingo, 15 de novembro de 2009

Ditados populares Espanhois






























"El mejor escribano echa un borrón"

(Qualquer pessoa pode cometer erros)


"Gallo que no canta, algo tiene en la garganta"

(Quando alguém abandona um debate ou uma conversa sem nenhuma justificativa é porque esconde algo)

"Con la medida que mides te han de medir"

(Trate aos outros como você gostaria ser tratado)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Ritmos flamencos


























Soleá - ritmo-mãe do flamenco. A palavra Soleá é uma abreviatura cigana para Soledad-solidão. Seus acordes melancólicos traduzem o lamento, a dor da perda.

Alegría - tem o ritmo idêntico ao do soleá, porém mais vibrante, alegre de acordes animados.

Bulería - ritmo que possui variantes na dança. Transformam espontaneamente o ritmo festivo do Flamenco em paixão, hipnotizando a platéia. A palavra Bulería, vem de burlar, enganar.

Sevillanas - As populares sevillanas andaluzas têm um ritmo contagiante e alegre. São geralmente dançadas em duplas de homens, mulheres e crianças. Desdobram-se em quatro partes, quando acontecem as mudanças dos pares.

Farruca - A sóbria e viril farruca é comumente dançada por homens. Mas hoje em dia, as melhores bailarinas flamencas também exibem a destreza de seus passos na farruca, como a famosa Sara Baras. O próprio nome farruca significa valente.

Mallaguenha - A província de Mallaga desenvolveu seu próprio ritmo flamenco e criaram seu próprio canto apropriado a um estado de espírito cujas letras acompanham as mais profundas emoções humanas.

Seguiriyas - Ritmo de grande descarga emocional, é o mais cigano do flamenco. Seus acordes e sapateados soam como desabafos e reclamações pelo amor perdido, pela falta de liberdade, pelo ódio ou revolta, exigindo do bailarino e do guitarrista muita vibração emocional.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

El Flamenco



Castanholas nas mãos... Rondeñas*, alegrias*
Flor vermelha no cabelo, abanico, mantilhas
Músicas a pulsar no coração... Soleá* e bulerias*.

Sapateado nos pés! Tangos* e sevilhanas*
Sob a guitarra vibrante de paco de Lucia
Ela marca o rítmo com as batidas do tacón**

Radiante e sedutora bailarina Flamenca

El cante, el baile!... Suspiros, aplausos, emoção!

Juliana Castelar



domingo, 8 de novembro de 2009

Festival de Fallas!



No catalão medieval, o termo "falla" servia para denominar os fachos que se colocavam no alto das torres de vigilância.

As Fallas são uma das festas mais fabulosas que se realizam em Valência durante o mês de Março. A cidade enche-se de gente que vem de todo o pais e do estrangeiro para assistir a uma semana e meia de loucura en la calle. Todos os dias às 14 e meia-noite , na praça principal do centro de Valência dá-se o que se chama de Mezcleta que é uma sessão de aproximadamente 12 minutos de foguetes. Cada sessão tem um nome próprio como "la portuguesa" e o seu autor, organiza as centenas de foguetes de forma que este explodam e façam uma "música" de foguetes. Durante estas pequenas sessões as ruas principais ficam abarrotadas de gente que olha o céu em silêncio e escuta a "música". No final aplaude-se e leva-se o autor nos braços pela praça para ser aclamado.
Todo este espetáculo é apenas uma parte do todo que são as fallas, porque as fallas em si são umas construções em madeira e papel que podem ser qualquer coisa. Estão dispostas no meio da rua e são enormes. Muitas são alegorias ou críticas à sociedade em que vivemos.

Estas figuras são colocadas antes do dia 15 de março pela manhã (a chamada "nit de la Plantà") queimando-se quatro dias depois, na noite do dia de Sant Josep à meia-noite ("nit de la Cremà").

As fallas ficam expostas durante essa semana e meia e no última dia são queimadas no meio da rua perante os aplausos de todos os que observam.
Na última quinta-feira de Fallas da-se o Castillo, que não é nada mais nada menos do que 45 minutos da mais espantosa queima de fogos de artifício .
Caminhonetes de discotecas ambulantes, caravanas de churros , barracas de bebidas, paellas ,música, muita gente e festa por toda parte, é pouco para descrever o que são as fallas.

Tomatina
























A Tomatina é uma das festas mais conhecidas internacionalmente da Espanha (atrás apenas dos Festas de São Firmino).

É celebrada na cidade de Buñol, em Valência, na última quarta-feira de agosto.

A festa consiste no arremesso de tomates entre os participantes.

Bailan las gitanas
















Bailan las gitanas,
míralas el rey;
la reina, con celos,
mándalas prender.

Por Pascua de Reyes
hicieron al rey
un baile gitano
Belica e Inés.
Turbada Belica,
cayó junto al rey,
y el rey la levanta
de puro cortés;
mas como es Belilla
de tan linda tez,
la reyna, celosa,
mándalas prender.

Miguel de Cervantes y Saavedra

Vientos del pueblo me llevan
















Vientos del pueblo me llevan,
vientos del pueblo me arrastran,
me esparcen el corazón
y me aventan la garganta.

Los bueyes doblan la frente,
impotentemente mansa,
delante de los castigos:
los leones la levantan
y al mismo tiempo castigan
con su clamorosa zarpa.

No soy un de pueblo de bueyes,
que soy de un pueblo que embargan
yacimientos de leones,
desfiladeros de águilas
y cordilleras de toros
con el orgullo en el asta.
Nunca medraron los bueyes
en los páramos de España.

¿Quién habló de echar un yugo
sobre el cuello de esta raza?
¿Quién ha puesto al huracán
jamás ni yugos ni trabas,
ni quién al rayo detuvo
prisionero en una jaula?

Asturianos de braveza,
vascos de piedra blindada,
valencianos de alegría
y castellanos de alma,
labrados como la tierra
y airosos como las alas;
andaluces de relámpagos,
nacidos entre guitarras
y forjados en los yunques
torrenciales de las lágrimas;
extremeños de centeno,
gallegos de lluvia y calma,
catalanes de firmeza,
aragoneses de casta,
murcianos de dinamita
frutalmente propagada,
leoneses, navarros, dueños
del hambre, el sudor y el hacha,
reyes de la minería,
señores de la labranza,
hombres que entre las raíces,
como raíces gallardas,
vais de la vida a la muerte,
vais de la nada a la nada:
yugos os quieren poner
gentes de la hierba mala,
yugos que habéis de dejar
rotos sobre sus espaldas.

Crepúsculo de los bueyes
está despuntando el alba.

Los bueyes mueren vestidos
de humildad y olor de cuadra;
las águilas, los leones
y los toros de arrogancia,
y detrás de ellos, el cielo
ni se enturbia ni se acaba.
La agonía de los bueyes
tiene pequeña la cara,
la del animal varón
toda la creación agranda.

Si me muero, que me muera
con la cabeza muy alta.
Muerto y veinte veces muerto,
la boca contra la grama,
tendré apretados los dientes
y decidida la barba.

Cantando espero a la muerte,
que hay ruiseñores que cantan
encima de los fusiles
y en medio de las batallas.

Miguel Hernández

Touradas


































O escritor americano Ernest Hemingway dedicou a elas vários de seus livros. Os pintores espanhóis Pablo Picasso e Francisco de Goya pintaram uma série de quadros sobre o tema. O compositor francês Georges Bizet compôs sua famosa ópera Carmen inspirado no assunto. Não é à toa que o Dicionário da Real Academia Espanhola defina as touradas como uma arte.

Segundo José Ortega y Gasset, um dos principais filósofos espanhóis, não dá para entender a história da Espanha sem as corridas de touros. “Essa festa tem feito os espanhóis felizes há muito tempo, embebido suas conversas e sua vida”, escreveu ele no livro La Caza y los Toros.
Reconhecendo essa importância, a União Européia protege as touradas como parte da “cultura nacional” espanhola.

Festa de São Fermin




As Festas de São Fermin (em castelhano Sanfermines) são as festas em honra a são Fermin, um dos santos patronos de Navarra, que se celebram anualmente na cidade espanhola de Pamplona.

Os festejos começam dia 6 de julho, às 12 horas, com o chupinazo (foguete) da sacada do Palácio do Governo Municipal, e terminam à zero hora de 14 de julho com a canção de despedida Pobre de mí.

Uma das atividades mais famosas das Festas de São Fermin é o encierro (Corrida de touros), que consiste numa corrida de touros, de 800 metros, pelas ruas principais do centro histórico de Pamplona, que culmina na Praça de Touros da cidade. Os encierros começam às 8 horas da manhã e duram, normalmente, de três a quatro minutos, entre os dias 7 a 14 de julho.



A festa tem uma origem antiga, de séculos, mas a sua fama mundial é um fenômeno recente. O escritor nascido nos Estados Unidos Ernest Hemingway foi um dos que contribuíram para propagar essa fama com seu livro Fiesta (O Sol Também se Levanta, no Brasil).

Esta festa é considerada uma das maiores celebrações do mundo, assim como no Carnaval do Rio de Janeiro ou da Oktoberfest de Munique.

Guernica






Guernica é um painel pintado por Pablo Picasso em 1937 por ocasião da Exposição Internacional de Paris. Foi exposto no pavilhão da República Espanhola. Medindo 350 por 782 cm, esta tela pintada a óleo representa o bombardeio sofrido pela cidade espanhola de Guernica em 26 de abril de 1937 por aviões alemães. Atualmente está no Centro Nacional de Arte Rainha Sofia, em Madrid.


No, la pintura no está hecha para decorar las habitaciones. Es un instrumento de guerra ofensivo y defensivo contra el enemigo.
Pablo Picasso, sobre Guernica.

Chocolate






















Na Espanha, as cozinhas dos mosteiros serviam como local de experiência para o aprimoramento do chocolate e a criação de novas receitas. Os monges aperfeiçoaram o sistema de torrefacção e a moagem do chocolate, transformando-o em barras e tabletes para serem dissolvidos em água quente, como era apreciado nos salões aristocráticos.

Durante todo o século XVI, porém, os espanhóis conservaram para si esta preciosa iguaria, não querendo compartilhá-la com outros países. No entanto, os planos foram por água abaixo em meados do século XVII, quando começaram a vazar as primeiras informações sobre o chocolate.
Os monges davam-no para provar aos visitantes de outros países. Os marinheiros, como ouviam falar dele, ao capturar uma fragata espanhola desembarcavam as sementes de cacau e levavam para as suas terras. Rapidamente, espalham-se plantações de cacau pela Europa, América do Sul e Índias. O chocolate converte-se numa bebida universal

La gitanilla





Cuando Preciosa el panderete toca,

y hiere el dulce son los aires vanos,

perlas son que derrama con las manos,

flores son que despide de su boca.



Suspensa el alma y la cordura loca

queda a los dulces actos sobrehumanos,

que de limpios, de honestos y de sanos

su fama al cielo levantado toca.



Colgados del menor de sus cabellos

mil almas lleva, y a sus plantas tiene

Amor rendidas una y otra flecha:



ciega y alumbra con sus soles bellos,

su imperio Amor por ellos se mantiene,

y aun más grandezas de su ser sospecha.

Miguel de Cervantes














É o ciúme turbador da tranqüila paz amorosa! Ele é punhal que mata a mais firme das esperanças!
Miguel de Cervantes

guitarra espanhola





















Rapaz com guitarra, Ramon Bayeu ( 1746- 1793 )


A guitarra espanhola (correspondente ao que, no Brasil, denominamos violão) representa um significativo símbolo cultural para a Espanha.
Foi na Espanha que, no decorrer dos séculos, a guitarra desenvolveu-se até alcançar as características atuais de um dos mais conhecidos instrumentos musicais. Nesse país, a guitarra é amplamente utilizada na música Flamenca que, com sua dança, representa um dos mais fortes símbolos desta cultura, apreciada e reconhecida em todo o mundo.

Tempranillo.





















A Tempranillo é mais famosa uva espanhola.

Leva este nome por causa da palavra espanhola temprano, que significa cedo, sendo esta a sua maior vantagem, pois ela amadurece logo. É considerada a melhor uva tinta espanhola. Com ela são elaborados ótimos vinhos na região de Rioja e da Ribeira Del Duero.
Os vinhos feitos de Tempranillo são extraordinariamente finos e de excepcional qualidade.

Brasão de armas de Espanha















O brasão de armas de Espanha é uma composição de outros seis brasões:

* O primeiro quarto, de Castela: uma torre de três torreões a dourado, aclarado a azul, com contorno negro;
* O segundo quarto, de Leão: de fundo cor de prata, com um leão (por vezes a púrpura) de coroa dourada, linguado e unhado;
* O terceiro quarto, de Aragão: a dourado, com quatro listas vermelhas;
* O quarto quarto, de Navarra: fundo vermelho, com correntes interligadas a dourado dispostas em cruz, a partir do centro, onde consta uma esmeralda;
* Na base, de Granada: de fundo de prata, uma romã (granada, em espanhol), com duas folhas a verde.
* Sobre tudo e ao centro, um escudo pequeno de azul com três flores de lis de ouro, bordadas de gules, representando os Bourbon.

É acompanhado por duas colunas de prata, base e capitel a ouro, sobre ondas de azul e prata, superadas pela coroa imperial à direita e pela coroa real à esquerda, ambas em ouro e, rodeadas por uma fita vermelha com letras a ouro, à direita "Plus" e à esquerda "Ultra". As duas colunas represemtam os Pilares de Hércules, que são os promontórios (Gibraltar e Ceuta) dos dois lados do extremo oeste do estreito de Gibraltar. No topo, a Coroa Real de Aragão fechada, que é um círculo em ouro, cravado de pedras preciosas, e é forrada a vermelho.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

sábado, 7 de novembro de 2009

Flores típicas da Espanha












O cravo vermelho é a flor-símbolo da Espanha. Além de uma flor muito bonita e duradoura, também pode ser utilizada como forma de declarar o amor por uma pessoa, no caso do cravo vermelho, ou para dizer “pode contar comigo”, no caso do cravo branco. É muito comum encontrar essas flores espalhadas pelos canteiros e praças das ruas e mesmo em jardins e vasos nas residências.

Outra flor nativa da Espanha é a Scilla hispânica, uma espécie cuja flor se abre em forma de sino e em belíssimos tons de azul. De fácil cultivo, floresce em temperaturas e locais diversos, tanto nos campos ou em ambientes urbanos. Outras flores comuns na Espanha são as flores de Lantana, um gênero de herbáceas e arbustos, os lírios, os gerânios, as rosas, as gazanias, muito comuns nos campos.


Sevillana
























É uma dança muito viva , cheias de voltas e de saias coloridas.

É dividida em quatro modalidades:

* Sevillana de par - dançada a dois.

* Sevillana de manton ( chale) - dando ênfase a este elemento tão importante.

* Sevillana de abanico ( leque) - utiliza-se o leque como elemento principal desta dança.

* Sevillana de saias - as dançarinas usam saias bem rodadas e coloridas.

Sevillanas






















Sevillanas é um tipo de musica popular na Espanha.
Historicamente são derivadas da musica popular de Castela, apimentada com ritmos Árabes. Tecnicamente são uma evolução de músicas castelhanas, tem um padrão musical relativamente elevado, suas letras ricas são baseadas na vida no campo, virgens, cidades, visinhanças e claro temas de amor. Estas são cantadas por um grande número de grupos locais, como Los Romeros de la Puebla, Los de Gines, Las corraleras de Utrera, Cantores de Hispalis e os Los del Rio. Todos os anos, dezenas de novos discos de sevillanas são publicados.

As sevillanas podem ser ouvidas no sul de Espanha, principalmente em feiras e festivais, incluindo na famosa Feira de Sevilha, La Feria de Sevilla. Há uma dança associada à música: "Baile de Sevilhanas", que consiste em quatro partes distintas, coplas. Podem -se encontrar escolas ensinando "bailes de sevilhanas" quase em qualquer cidade de Espanha.

Falando levemente, sevilhanas é uma música muito leve e alegre.

SEVILLANAS

















Las Sevillanas es el baile folclórico más conocido en España. Es el baile típico de las ferias de Andalucía, sobre todo de El Rocío (Huelva) y de la Feria de Abril (Sevilla).
Éste es un baile en pareja aunque ofrece otras combinaciones donde pueden participar más personas. Las Sevillanas pueden ser rápidas o lentas, pero siempre se dividen en 4 coplas. Cada una de las coplas se finaliza con un desplante de la pareja, haciendo coincidir el final de la música y el baile.
Las Sevillanas suelen ir acompañadas de los toques de guitarra, las palmas y también es común que vayan acompañadas de las castañuelas.

"Los Amantes"


























Imagem: Tela da artista espanhola Montserrat, denominada "Los Amantes"



















Castanhetas, castanholas —
Tudo é barulho a estalar.
As que ao negar são mais tolas
São mais espertas ao dar.

Fernando Pessoa


















A mantilha de espanhola
Que trazias por trazer
Não te dava um ar de tola
Porque o não podias ter.

Fernando Pessoa

A espanhola...

















"Ah..aquela dama...moça com um jeito de mulher
Recatada, fronte alva de sabida intensão
o sorriso desenha o rosto e esconde o coração

Aquela espanhola..uma morena andaluza
que de tanto vaidosa, torna-se musa
dos moços que lhe fazem verso e prosa

Ergue em sua cabeça; imensa mantilha sobre peineta
abraçando uma singela flor de cor rubra
que assim nos representa, sua tenra formosura


Por Verônica Morón

Seu xale e seus sapatos, tem as cores do sol
e seu leque se abre como flor para enfeita la
como o dia que nasce diante dos seus olhos
para então acordá-la

Porque esta dama está pronta para a dança
como os anjos estao para o amor
para uma plateia infinita seu olhar lança
enchendo as vidas dos homens de beleza e sabor"

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A mantilha negra






















Amparo Cruz Mayor nació en Madrid el 4 de Octubre de 1926.
Hija del insigne pintor linense José Cruz Herrera, Académico de Bellas Artes de San Fernando, firma sus óleos como Amparo Cruz Herrera.

Filmes

#
Aguirre, A Cólera dos Deuses sobre o colonialismo espanhol - Espanha
#
Terra e Liberdade sobre a Guerra Civil Espanhola - Espanha
#
O Labirinto de Fauno sobre a Guerra Civil Espanhola – Espanha.
#
A Língua das Mariposas sobre Educação no contexto da ditadura espanhola – Espanha
#
Cria cuervos metáfora da ditadura franquista – Espanha

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Noche Buena






















O forte do Natal na Espanha é o presépio, chamado Belém e os villancicos, músicas natalinas cantadas e tocadas com instrumentos típicos como zambomba, pandereta e gaita, contam os espanhóis Lola Jiménez García e Angelo Quintela González.
As crianças se reúnem para cantar os villancicos nas casas e ganhar presentes.
Essas músicas são cantadas só no Natal, pois os espanhóis acreditam que dá azar cantá-las em outras épocas do ano.
Dependendo da região, na ceia da Noche Buena, como é chamado o Natal, come-se bacalhau, carne de cordeiro ou boi, frutos do mar e muito doce à base de amêndoas - torrones, polvorones, mazapanes - toda casa tem um bandeja com doces para as visitas.
Depois da ceia canta-se villancicos com toda a família reunida.
A Noche Buena não tem presentes, pois são os reis magos que os entregam para as crianças na passagem do dia 5 para o dia 6 de janeiro.
E só ganha presente quem deixa o sapato na lareira, palha para os camelos e leite para os reis magos.

Toureiro amante




Teus olhos negros brilham feiticeiros ,
Prendes meus na tua lida ,
Teus beijos são morteiros .
Oléee!... Que estou tão perdida!

E por entre altas espigas de oiro ardente .
Oh sangue bravo e quente ,
Que minhas mãos de ninfa ,
Fada e vidente,
Virgem Infanta do Oriente
Beijas tão sofregamente ...

Toureiro...Toureiro !
Que magnifico é teu porte,
Teu olhar é rude e forte.
Rezas as meus pés.
Imploras sorte ,
Que te salve da morte.
Eu , a tua Virgem Nazarena ,
Pedes meu coração ,
Desejas minhas voz calma e serena ...


(Poema dedicado ao Toureiro João Moura )

Luisa Raposo

O toureiro e o violino




Existem fúrias que não advém da ferocidade. Elas existem dentro dos seres para seu próprio bem. Acreditamos que podemos racionalizar tudo dentro de nossos próprios princípios e éticas. Damos sentimentos bons ou maus à natureza, como se ela fosse parte de nós, quando o é o contrário. Nunca entendemos algo plenamente antes de acontecer. Depois que acontece, vasculhamos nossas falhas de discernimento e, em vão, tentamos acreditar que aquilo não mais se repetirá e, se repetir, será de maneira diferente, controlada, próxima de nossos sonhos.

É isso que Paco não sabia: que a maioria das coisas foge ao nosso controle e só podemos esperar qualquer salvação em um pouco de sorte ou daquela infindável cadeia de acontecimentos que provoca momentos que nos são favoráveis.

Damos nomes bonitos àquilo que não conseguimos captar com nossa parca inteligência: destino, fortuna, deuses. No final, o que resta é a sabedoria doída de saber que o inevitável poderia ser evitado e que, por mais que queiramos, ele sempre acontece, mesmo que em outras formas.

De profissão toureiro, Paco se especializou em produzir sons que confortavam qualquer animal, mesmo aqueles se diziam pertencerem às espécies mais sábias. Paco não via muita diferença em todos eles. Conhecia a fúria latente em todos e a distinguia apenas em graus. Uns tinham mais e outros tinham menos mas todos tinham. Grande parte dela era reprimida, enclausurada, fechada dentro de mundos dos quais se julgava que não haviam saídas. Mas ela sempre conhecia todos os limites e se esparramava para fora quando lhe convinha. Tinha muitas aparências: ás vezes vinha devagar, sondando terrenos, avolumando-se à medida que se alimentava do que lhe punham no caminho; em outras, explodia como átomos colidindo entre si, e depois se retraía, como lagartas em seu casulo.

De onde aprendera sua arte? Talvez de todos os paganinis e morfeus, cujos fantasmas ainda perduravam sobre a terra, e que buscavam, sempre, uma alma que lhes fosse afeita, para poderem transmitirem sua arte. Talvez lhe tivesse nascido dentro da falha de um DNA, que se contorcera a tal ponto, que não poderia mais se exprimir em físico e lhe sobrasse apenas se mostrar dentro de uma arte.

Qualquer som lhe chamava a atenção. Tentara reproduzi-los a todos, em todos os instrumentos que pululavam no mundo, dentro de uma seqüência que a mente julgasse agradável. Esquecera todas as notas musicais, com seus rabichos incompreensíveis, e criara outras, baseadas apenas no deleite que produziam.

Como não poderia tocar todos os instrumentos do mundo, procurou aquele em que se podia divisar do alto de suas notas um som maior, e esse, só poderia atingir todas as consciências se fosse através de um violino.

Em todas as espanhas que percorrera, doía-lhe a fatalidade que os homens impunham aos touros. Criados para serem a perfeição da fúria, traziam-nos às arenas, mostravam sua vitalidade, enroscavam-lhes bandeirilhas pontiagudas e picavam-nos para que o sangue escorrido lhes desse ódio no espírito, fraqueza nas pernas e uma visão míope de seus algozes. No fim lhe restavam espadas enterradas, à perfeição, na nuca e, cujos comprimentos lhes transpassavam os pulmões. No debater-se contra a morte, as lâminas os rasgavam por dentro e lhes concediam uma queda ovacionadas pelas multidões. Por fim, numa piedade estranha, perfuravam-lhes os cérebros para terminarem as mortes que as espadas começaram. Talvez ainda lhes restasse um pouco de vida quando suas orelhas fossem decepadas e os corpos fossem arrastados, tirados por cavalos.

Dessa crueldade toda, Paco queria se livrar. Pelas arenas o seu violino tocava um transe que propunha aos espectadores a necessidade de uma paz permanente e aos touros vinha apenas a de comer uma tenra grama e a de perpetuarem sua espécie dentro dos postulados de sua natureza. Paco e seu violino faziam com que todos os que tivessem ouvidos se tomassem de uma febre que ardia leve e descontraída, cujo principal sintoma era a vontade de ficarem juntos, em estranha comunhão.

Mesmos seus críticos mais ferozes, notadamente aqueles que sempre interpunham em suas frases coisas do tipo "respeito à tradição", enterneciam-se e mudavam sua opinião após subirem nas notas altas que Paco e seu violino elevavam, maiores que todos os everests.

Assim seguia Paco e seu violino, percorrendo as espanhas, domando touros bravios e todos aqueles que amavam a violência.

Mas chegou o momento que todos acreditaram que nunca chegaria. Das fossas abissais surgiu um touro em que não se via piedade ou fraqueza e do qual se dizia que a crueldade nascera com ele. Paco e seu violino chegaram a rir quando lhe falaram da ferocidade que havia naquele ser. Displicentemente tocou algumas notas e a paz surgiu imediatamente em todos aqueles que o rodeavam. Não havia vivente que não se comovesse com sua música e, talvez, até os não-viventes.

Marcaram o dia e na arena não sobrou espaço para mais ninguém. Câmeras, vídeos e máquinas faziam parte da bagagem que todos trouxeram. Todos queriam registrar o dia em que a paz dominaria a ferocidade.

Paco estava tranqüilo. Ajustou seu violino para que suas cordas vibrassem o mais plangente possível. Atrás de seu biombo, esperou o portão se abrir. O touro, chamado K£@ßum nem número tinha. Consideraram-no tão único que preferiram apenas lhe dar um nome.

K£@ßum saiu pelo corredor altivo e impávido. Percorreu a arena como se revistasse todos que ali estivessem ou como se procurasse um alvo. Mesmo no passo lento, podia-se ver que as cordas de seus músculos queriam arremessar-se contra alguém que ele marcasse como vítima.

Olhou firme para todos aqueles que se escondiam atrás das madeiras na arena e alguns até se encolheram mais dentro daquela proteção.

Quando ele parou do outro lado da arena, Paco e seu violino saíram de seu escudo. K£@ßum não esperou toques de ataque ou incentivos à sua investida. Apenas o vulto se mexendo fê-lo ver que Paco e seu violino eram o alvo. Escavou a terra como era o costume de sua raça e iniciou a corrida que deveria terminar com chifres varando carnes.

Paco nem se abalou. Pegou o seu violino e começou a tocar. A platéia se comoveu e ficou a delirar sonhos com aquelas notas. Mas K£@ßum não parou sua arremetida. Seguia firme, embalando cada segundo mais sua velocidade.

Paco e seu violino se afinaram mais. Tocaram as melhores notas que sabiam e algumas que na hora inventaram mas não conseguiam deter a massa que lhes advinha e em cuja fronte se destacavam dois punhais. Paco e seu violino não quiseram recuar. Tocaram cada vez mais belo e mais forte, tentando deter com a beleza toda a ira do universo.

Nada disso lhes adiantou. Quando terminou o tempo, algo lhe passou pela barriga e arremessou-o pelo ar. Quando caiu, outro algo lhe esmagou o tórax e seu violino, repetidas vezes. Procurando algum consolo, ainda tentou arrebatar para si o pouco que restara da madeira envernizada e das cordas arrebentadas de seu violino. Expirou muitas vezes, como se ainda não acreditasse que a ferocidade e fúria podiam acabar com a beleza e a arte.

Já gasto em sua fúria, K£@ßum voltou a percorrer a arena novamente, procurando uma nova vítima. A multidão ensandeceu e lhe gritava toda sorte de palavras e aberrações. Batiam os pés como se quisessem uma reparação do mau que Paco e seu violino tinham sofrido. Gritavam aos céus pela piedade de todos os deuses e pela justiça de todos os homens. Mas nada disso abalava K£@ßum. Ele andava pela arena, pelos seus pés, tentando decifrar todos os gestos e expressões, pois era só isso que podia fazer. Ele apenas podia tentar descobrir o que lhes queriam falar, o que lhes queriam transmitir, pois nenhum de seus ouvidos vibrava com som algum que lhes chegassem, surdos desde que se conhecia.

Caius_c


O autor, Caius_c, nome literário de João Alberto Padoveze.













Senhora abanando o leque fez célebre violinista espanhol interromper um concerto em Paris

Gênios da música têm as suas excentricidades. Pablo Sarasate, célebre violinista espanhol, certa vez interrompeu um concerto em Paris, irritado com uma senhora sentada na segunda fila do teatro. "Não posso continuar tocando no compasso de 3 por 4. Esta senhora me perturba, abanando-se com o leque no compasso de 2 por 3."

O anão e o gigante





Um anão que media apenas dois palmos e era mais terrível do que a fome, certo dia saiu em busca de trabalho, pois estava muito necessitado. Procurou por toda parte, mas ninguém queria lhe dar emprego. Por fim, encontrou um gigante, que disse:

– Vou contratar seus serviços, mas com uma condição.
– E que condição é essa?
– Você terá que fazer as mesmas coisas que eu. Se não fizer, será morto. Se fizer, ficará rico.
– De acordo. Se eu me sair bem, serei um homem próspero. Se não, você me matará.
– Isso.

Na manhã seguinte, o gigante convidou o anão para roubar lenha numa fazenda cujo dono tinha fama de ser violento, sobretudo com aqueles que ousavam invadir sua propriedade. E os dois lá se foram.

Ao chegar à fazenda, o gigante começou a trabalhar. Juntou um imenso feixe de lenha e o ergueu nos ombros. Mas o anão, sem se impressionar com a façanha do gigante, pegou uma corda muito comprida e estendeu-a no chão. Depois começou a recolher gravetos, arrumando-os cuidadosamente, um ao lado do outro, sobre a corda.
O gigante, curioso, perguntou:

– O que você está fazendo?

O anão, sem interromper sua meticulosa tarefa, respondeu:

– Ora, esse feixe que você está levando não é nada.
– Não? Pois quero ver você carregar um igual.
– Farei muito melhor – respondeu o anão. – Enquanto não colocar sobre a corda toda a madeira que há neste bosque, não sairei daqui.
– Mas, homem, você está maluco! – o gigante exclamou assustado. – Desse jeito, o dono da fazenda vai nos descobrir e nos matar!
– Pouco me importa – disse o anão. – Já decidi e não volto atrás: ou levo o bosque inteiro ou não levo nada.
– Então, deixe estar. Esta você ganhou. Mas vamos sair daqui, rápido.

E lá se foram, o gigante com seu grande feixe, o anão com as mãos nos bolsos.

No dia seguinte, o gigante convidou o anão para buscar água.

A alguns quilômetros de distância havia uma nascente que, com suas águas límpidas e puras, supria os habitantes do povoado.

– Vamos lá – disse o gigante, pegando dois baldes enormes.
– Eu não carrego baldes – disse o anão. – Para mim, bastam uma picareta e uma pá.
– E para que diabos você quer essas ferramentas?

O anão nada respondeu. Os dois caminharam em silêncio até a nascente. Lá chegando, o gigante repetiu a pergunta, dessa vez num tom ameaçador. Muito calmo, o anão disse:

– Para mim não tem graça carregar baldes. O que eu quero mesmo é desviar toda essa água para sua casa. Assim, você poderá viver tranquilamente, sem pensar mais nesse assunto.

Pegando a picareta e a pá, o anão começou a cavar, enquanto dizia:

– Talvez eu demore um pouco, mas vou fazer o fluxo de água mudar de rumo.

O gigante reagiu assustado:

- Você ficou maluco, homem! Se o pessoal do povoado descobrir isso, estaremos perdidos.
– Pouco me importa – respondeu o anão, sem interromper o que fazia. – Ou levo toda a água da nascente para casa ou não levo nada.
– Já chega de cavar – disse o gigante, entregando os pontos. – Você também ganhou esta.

No dia seguinte, os dois foram ao centro do povoado. No pátio da prefeitura, alguns homens treinavam para um torneio de lançamento de dardos, que aconteceria em breve. O gigante resolveu entrar no jogo. Pegou um dardo e lançou-o muito longe, bem mais do que todos os outros jogadores. Voltando-se para o anão, disse:

– Agora é a sua vez.

O anão escolheu um dardo, examinou-o com atenção e ordenou:

– Afastem-se, pois preciso de espaço para jogar.

Todos recuaram, mas o anão insistiu:

– Para trás! Muito mais para trás, minha gente!
– Mas aonde você pretende atirar este dardo? – perguntou o gigante.

Apontando uma casa, no topo de uma colina, o anão respondeu:

– Está vendo aquela janela, a mais alta? Pois é lá que vou atirar.
– Mas o que há com você, homem?
– Nada, oras. Só que me deu vontade de acertar lá, que com certeza é a janela do sótão.
– Mas aquela é a casa do prefeito. E se você jogar mesmo esse dardo, iremos parar na cadeia.
– Pois ou acerto a janela, ou não jogo mais.
– Então, vamos parar por aqui – disse o gigante.
– E como ficam nossas contas?
– Você também ganhou esta.

Na manhã seguinte, o gigante carregou um burro com dois alforjes cheios de dinheiro. Chamou o anão e disse-lhe que podia ir embora, pois o trato estava terminado. O anão montou o animal, despediu-se de seu ex-patrão e partiu.

A mulher do gigante, que estava a par de tudo, repreendeu-o severamente:

– Como você é estúpido! Nem percebeu que aquele anão trapaceou o tempo todo. E ainda por cima saiu ileso, levando seu burro e seu dinheiro.

Caindo em si, o gigante respondeu:

– Tem razão. Agora mesmo vou acabar com aquele salafrário.

O anão já ia longe, quando viu que o gigante se aproximava furioso. Então escondeu o burro atrás de uns arbustos e colocou-se bem no meio da estrada, a cabeça jogada para trás, a mão em concha sobre os olhos fixos no céu, como se procurasse algo.

Logo o gigante chegou e disse:

– O que é que você está olhando?

E o anão, calmo como sempre, respondeu:

– Nada…É que o burro que você me deu não estava podendo com a carga e começou a empacar. Então, dei-lhe um pontapé com tanta força, que ele foi parar lá no alto e até agora não caiu. Estou só esperando que chegue aqui embaixo para lhe dar outro. E com esse, garanto, ele nunca mais vai descer.

Ao ouvir isso, o gigante correu de volta para casa muito assustado:

– Meu Deus, Nossa Senhora, que todos os santos do Céu me protejam! Se me descuido, ele fará isso comigo também.

E assim o anão retomou a viagem em paz, com seu burro, seu dinheiro, suas artes, suas manhas.


Fonte:
Contos Populares Espanhóis. Tradução e seleção Yara Maria Camillo.

Pintores espanhóis






DIEGO DE VELÁZQUEZ: Artista da nobreza por excelência, Velázquez é autor de uma das obras espanholas mais reproduzidas e admiradas, a tela "As Meninas". Nela, o autor aparece à esquerda, pintando meninas da corte. Contrariando as tendências da época, Velázquez retratou também os desfavorecidos. "As fiandeiras" (1657- 1660) foi o primeiro quadro da história a ter operárias como tema.

EL GRECO: (1541 - 1614): Um dos maiores pesos-pesados das artes plásticas, nasceu em Creta e morou durante grande parte da sua vida em Toledo, cidade retratada na tela "Vista de Toledo sob a Tempestade" (1610- 1614), uma de suas obras primas.
El Greco impregnou suas produções de um realismo atroz, capaz de traduzir o caos humano em jogos de sombras e de claros-escuros. Outras telas do artista bastante conhecidas são "Visão de São João"(1610 - 1614), " A Ressurreição de Cristo" (1600 - 1603) e "Laocoonte" (1610- 1614).

JOAN MIRÓ (1893 - 1983): Um dos frutos mais fecundos de Barcelona, o artista traçou linhas e figuras algo pueris que conquistaram uma legião de admiradores.
Considerado um dos maiores mestres da composição cromática, salpicou com toques de alegria a maioria de seus quadros.

GOYA (1746 - 1828): Nascido em Fuendetodos, próximo a Zaragoza, concorre com El Greco no quesito "gênios da pintura espanhola". Outro mestre do realismo, Goya transpôs para suas telas um mundo povoado por bruxas, demônios e também pessoas comuns. "Maja Desnuda"(1796 ), que mostra uma mulher em duas versões, com e sem roupa, provocou furor na época. É uma de suas óbras mais famosas.

PABLO PICASSO (1891 - 1973): Depois da fase azul e da fase rosa, criou cubismo, com "Les Demoiselles d`Avignon"(1907). Foi um dos artistas mais prestigiados do século 20.

Hino Nacional da Espanha








A Marcha Real é o Hino Nacional da Espanha.

É um dos raros hinos nacionais que não tem letra.

A música é bastante antiga e data no mínimo de 1761.

Foi adotado e abandonado diversas vezes, sendo promulugado pela última vez em 1997.

A última letra foi a Franquista (cujo nome foi mudado para ¡Viva España!), abandonado no final do governo de Francisco Franco
Versao com letra do Eduardo Marquina (Reinado de Alfonso XII)
Marcha Real, Eduardo Marquina

Gloria, gloria, corona de la Patria,
soberana luz
que es oro en tu Pendón.

Vida, vida, futuro de la Patria,
que en tus ojos es
abierto corazón.

Púrpura y oro: bandera inmortal;
en tus colores, juntas, carne y alma están.

Púrpura y oro: querer y lograr;
Tú eres, bandera, el signo del humano afán.

Gloria, gloria, corona de la Patria,
soberana luz
que es oro en tu Pendón.

Púrpura y oro: bandera inmortal;
en tus colores, juntas, carne y alma están.
¡Viva España!
Letra de José María Pernán

¡Viva España!
Alzad los brazos hijos del pueblo español
Que vuelva a resurgir(bis)
Gloria a la pátria que supo seguir
Sobre el azul del mar el caminar del sol(bis)
¡Triunfa España!
Los yunques y las ruedas cantán al compás
Del himno de la fé(bis)
Juntos con ellos cantemos en pie
La vida nueva y fuerte de trabajo y paz(bis)


Flamenco















O flamenco é ainda muitíssimo popular em Espanha, inclusivamente entre os jovens. Encontra-se em todo o lado.

Há aproximadamente 30 variedades de flamenco. A forma mais autêntica é o "Duende". Esta é considerada a forma ideal do flamenco. O flamenco remonta ao século XVI. Foi desenvolvido pelos ciganos que cantavam e dançavam em torno de fogueiras. Cada canção tinha um profundo significado e tratava de temas de amor, história e política.

O flamenco é considerado a música de Espanha: uma combinação dinâmica da música, da dança e das letras com significado. Os ciganos dizem que lhes está na massa do sangue. As letras trágicas e os tons da guitarra representam o seu passado sofrido.

Há festas e feiras espanholas ao longo de todo o ano. A maior parte destas "fiestas" incluem o flamenco como música principal. As mulheres espanholas e as miúdas pequenas vestem-se igualmente com roupas de flamenco tradicionais. Gostam de exibir os seus chamativos vestidos cheios de cor.

Fonte: spain.costasur.com

Castanholas

























No flamenco, as castanholas foram introduzidas por Vicente Escudero, que experimentou também outros materiais como ferro e bronze e, por isso, foi chamado de "louco" por Argentinita, importante intérprete de castanhola.

As castanholas dessa bailarina mereceram os seguintes versos de Ramon Lopez Velarde:

"Abaixo de tuas castanholas se rendem os destinos,
E se prendem em ti os sonhos masculinos,
Qual da corda fraca de uma lira, os trinos".

Castanholas




A castanhola é um dos instrumentos de percussão mais antigos da humanidade, feita com pedaços de madeira unidos por uma corda. Sua sonoridade surge, nos primórdios, a partir do choque entre duas pedras, evoluindo para outros materiais ao longo do tempo.

A castanhola tem cerca de três milênios de existência, sua origem é fenícia e ela chegou aos países mediterrâneos por meio do comércio marítimo, sendo muito difundida na Espanha. Em muitos territórios, foram utilizados instrumentos semelhantes à castanhola, como no Antigo Egito, onde a prática do choque de peças de madeira se relaciona com as danças da fertilidade, o afugentar de insetos e répteis e como acompanhamento rítmico. A civilização egípcia influenciou os gregos e romanos, que adotaram seus instrumentos musicais, como os "címbalos" que, na cultura grega estavam relacionados com o culto à deusa Cibeles e nos festejos populares tinham caráter lascivo.

Um par de castanholas é composto por um macho, com som grave, colocado na mão esquerda, e uma fêmea, com som agudo, presa à mão direita. São usadas nos bailes regionais (como sevillanas e fandangos de huelva), na escola clássica de dança espanhola e no acompanhamento de óperas, como Carmen.


Música























Ao contrário de muitos outros países europeus, a Espanha foi berço de poucos compositores importantes de óperas e sinfonias. No século XVII, compositores espanhóis criaram uma modalidade de opereta chamada zarzuela, que combina canto e diálogo. Os músicos mais conhecidos da Espanha no século XX são o violoncelista Pablo Casals, o compositor Manuel de Falla e o violonista clássico Andrés Segóvia.

Na Espanha existem cantos e danças folclóricas. O povo de cada região tem suas canções e danças especiais. O acompanhamento é feito com castanholas, violões e pandeiros. Danças espanholas como o bolero, o fandango e o flamenco tornaram-se mundialmente conhecidas.

Artes


















A Espanha tem uma rica tradição artística e foi berço de alguns dos maiores pintores e escritores do mundo. As artes na Espanha tiveram seu apogeu no chamado Século de Ouro, entre os séculos XVI e XVII, quando o país era uma das maiores potências mundiais. Desde então as artes conheceram certa decadência, mas houve um renascimento no século XX.

Flamenco




O flamenco é um estilo musical e um tipo de dança fortemente influenciado pela cultura cigana, mas que tem raízes mais profundas na cultura musical mourisca, influência de árabes e judeus. A cultura do flamenco é associada principalmente à Andaluzia , e tornou-se um dos ícones da música espanhola e até mesmo da cultura espanhola em geral.

Tourada



A tourada é uma tradição presente nos países ibéricos e França, e em algumas das áreas por eles colonizadas (México), que consiste da lida de touros bravos através de uma série de artes, a pé ou montado a cavalo. A lide passa por espetar no corpo do touro aguilhões que perfuram a carne, causando o esvaimento em sangue do animal. Presente em diferentes vestígios desde a antiguidade clássica, sendo conhecido o afresco da tourada no palácio de Cnossos em Creta.

Natal em Espanha


Uma curiosidade sobre o Natal da Espanha é que ao contrário do Brasil e outros países da América, quem traz os presentes para as crianças não é o Papai Noel, e sim os Reis Magos.
Durante dezembro, os pequenos escrevem suas cartinhas a eles contando o que querem ganhar, e então na noite de 5 de janeiro, colocam seus sapatinhos na janela, que quando amanhece, estão rodeados de presentes.





















Em Espanha o cravo é visto como o salvador do amor. Em Valência era um grande elogio se um homem oferecesse esta flor ao seu amor no Inverno, porque nesta estação as flores eram muito mais caras.
As damas espanholas arranjavam encontros secretos com os cavalheiros, ao colocarem cravos de diferentes cores no seu vestido.

Siesta




Nas cidades do interior da Espanha, é comum no horário do almoço encontrar o comércio local fechado por um período médio de duas horas. Isto ocorre por que os nativos têm o hábito de dormir após a refeição.

Por incrível que pareça eles vão para casa, vestem seus pijamas, ligam o despertador e dormem por pelo menos uma hora e então retornam a suas atividades.

Abanico





Leque espanhol com varetas de nácar branco entalhadas e com incrustações de ouro. Tela dupla de seda pintada dos dois lados por Miguel Drago. Século XX.

Padre Nuestro




Padre nuestro, que estás en el cielo,

Santificado sea tu Nombre;

Venga a nosotros tu reino;

Hágase tu voluntad en la tierra como en el cielo.

Danos hoy nuestro pan de cada día;

Perdona nuestras ofensas,

Como también nosotros perdonamos a los que nos ofenden;

No nos dejes caer en la tentación, y líbranos del mal.

Amén.

Datas Importantes en España


1 Enero

Año Nuevo (Ano-Novo)

6 Enero

Reyes (Dia de Reis)

Este é o dia em que as crianças espanholas deixam seus sapatos fora de casa para que os Reis Magos coloquem presentes dentro deles. Na noite anterior, no dia 5 de janeiro, os Reis Magos costumam desfilar em carros ou camelos pelas cidades da Espanha.

14 Febrero

Día de San Valentín (Dia de São Valentim)

Conta a lenda que Valentim era um padre romano que, no século III d.C., casava, em segredo, os jovens pares de namorados. Após descoberto, permaneceu preso até o dia em que foi decapitado, a 14 de Fevereiro de 270. Nesta data, comemora-se o Dia dos Namorados na Espanha.

19 Marzo

Las Fallas de Valencia (As Falhas de Valência)

No mês de março, depois de prepará-las durante todo o ano, Valência se transforma para viver as Fallas. Por uns dias, as ruas da cidade se enchem de figuras gigantescas, verdadeiras obras de artesanato que competem em criatividade e espetacularidade. Esta é uma das mais tradicionais festas da Espanha. Cada bairro constrói sua Falla (espécie de boneco gigante, com até 10 m de altura, semelhante a um carro alegórico) que critica ou relata a vida e os custumes espanhóis. No penúltimo sábado de março, é realizada a festa principal, onde uma das Fallas é eleita a melhor do ano, e todas as demais são queimadas.

1 Mayo
Día del Trabajo (Dia do Trabaho)

15 Agosto

Asunción de la Virgen (Assunção da Virgem)

O dogma da Assunção refere-se à Mãe de Deus que, no fim de sua vida terrena, foi elevada em corpo e alma à glória celestial. A festa religiosa é celebrada em muitas aldeias e cidades da Espanha.

12 Outubro

Día de la Hispanidad (Dia da Hispanidade)

Data festiva na qual se comemora o dia nacional da Espanha. Foi em 12 de Outubro de 1492 que Cristóvão Colombo, à frente de uma armada espanhola, descobriu a ilha de Guanahani (Bahamas), convencido de que tivesse chegado à Índia. Na verdade, descobrira um novo continente, posteriormente chamado América, em referência ao navegador italiano Américo Vespucio. A descoberta da América foi muito importante para a Espanha, pois possibilitou a expansão da língua e da cultura espanhola nas novas terras. Em Madrid, a celebração do Dia da Hispanidade costuma ocorrer na Praça de Colón, em que o Rei, juntamente com a Família Real espanhola e os representantes do poder de estado, assistem ao desfile militar.

1 Noviembre

Día de Todos los Santos (Dia de Todos os Santos)

6 Diciembre

Día de la Constitución (Dia da Constituição)

No dia 6 de dezembro de 1978, aprovou-se a atual constituição espanhola, norma jurídica suprema no país. Foram contabilizados mais de 80% dos votos a favor, através de um referendo.

8 Diciembre

Inmaculada Concepcíon (Imaculada Conceição)

Os espanhóis são muito devotos à Maria. A Imaculada Conceição é tida como padroeira e protetora da Espanha. Nesta data, tem-se feriado religioso no país.

25 Diciembre
Navidad (Natal)

28 Diciembre

Día de los Santos Inocentes (Dia dos Santos Inocentes)

O dia dos Santos Inocentes faz referência ao episódio bíblico das crianças mortas por ordem do Rei Herodes, com o intuito de exterminar o recém-nascido Menino Jesus.

Atualmente, nesta mesma data tem-se na Espanha o "Dia das Bromas". Trata-se de uma data semelhante ao Dia da Mentira, que no Brasil festeja-se em 1° de abril.